TERMOS DE USO DO PLANETA - O LIXO



Até o início do século passado, o lixo gerado reintegrava-se aos ciclos naturais e funcionava como adubo para a agricultura. Naquela época, os resíduos faziam valer a frase do pensador: “na natureza nada se perde, tudo se transforma...”. E, assim, o material decomposto por milhões de micro-organismos servia como nutriente para outras formas de vida e o ciclo natural se completava.

Hoje, a situação mudou de figura. Com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, passamos a extrair uma quantidade absurda de matérias-primas em prol do “progresso” das nações. A urbanização tirou do lixo o seu luxo, que se transformou em um grande e constante problema para a sociedade moderna. Montanhas com os mais variados tipos de lixo são produzidas diariamente, tornando-se uma perigosa fonte de poluição e de doenças.

Ok, a situação é grave, mas passível de ser revertida. Se o conceito de “desenvolvimento sustentável” já é mania global, reformular nossa concepção a respeito do lixo, hoje, precisa ser prioridade. Na partida, que tal deixarmos de encarar o lixo como “resto inútil” para percebê-lo como algo que pode ser transformado em matéria-prima a ser reintegrada ao ciclo produtivo?

O segredo está no Princípio dos Três Erres (3R’s): reduzir, reutilizar e reciclar. Como os resíduos existem e não podem ser acumulados dentro de nossas casas, os novos termos de uso do planeta exigem que se aumente o ciclo de vida dos materiais e a vida útil dos aterros sanitários. Quer saber como?

NATUREZA GARANTE ÁGUA POTÁVEL


Essencial a todas as formas de vida, a água cobre 75% da superfície do planeta Terra, encontrada principalmente nos oceanos, geleiras e coberturas permanentes de neve. Em contraste a esse volume extrordinário, a água doce representa apenas 2,5% do total do planeta, dos quais apenas 0,3% (ou 0,007% do total de água) está disponível para o consumo humano. Os outros 99,7% estão em forma de gelo ou água subterrânea em lençóis freáticos muito profundos.

Pode parecer pouco, mas a quantidade disponível é suficiente para o consumo humano em função do Ciclo Hidrológico, responsável pela renovação da água do planeta. O ciclo é um processo aparentemente simples: é a contínua transferência da água de um estado (líqüido, gasoso ou sólido) para outro. Se a natureza garante a oferta de água, problemas muitas vezes provocados pelo homem prejudica o abastecimento: a principal questão em relação à disponibilidade de água hoje em dia está relacionada à poluição e à contaminação da água potável, já que o volume total de água na Terra mantém-se constante ao longo do tempo.

Mas e o que é água potável?

A água potável é aquela que pode ser consumida por homens e animais sem risco de doenças e contaminações. No Brasil, a potabilidade da água é definida por padrões do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária. O Brasil detém parte considerável dos recursos hídricos do mundo. De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), a vazão média anual dos rios em território brasileiro é de aproximadamente 180 mil metros cúbicos por segundo. Isso equivale ao conteúdo total de 72 piscinas olímpicas (50 metros) fluindo a cada segundo. Esse valor representa cerca de 12% da quantidade de água doce superficial que é produzida no mundo e 53% da produzida na América Latina. Dentro do território brasileiro, 74% da água disponível para uso está na Região Hidrográfica Amazônica, que, em contraste, abriga apenas 5% da população do país.

Em termos de consumo, 47% da água extraída dos rios brasileiros é utilizada para irrigação. O consumo humano urbano (27%) e o uso industrial (18%) aparecem em seguida. No total, são consumidos no Brasil 840 mil litros de água por segundo – 69% destinados à agricultura, 11% ao uso urbano, 11% ao uso com animais, 7% ao consumo industrial e 2% ao consumo rural.

Fonte: Click RBS Ambiental